No concelho de Vila Nova da Barquinha, o caminho inicia-se no Pedregoso, um lugar em tempos conhecido pela arte da cestaria. Em ambos os lados do Caminho, encontramos a presença de oliveiras, que se destacam pela sua idade multissecular, o seu porte invulgar, o desenho (tronco contorcido) e interesse histórico e significado cultural.
Segue depois para a Quinta da Lameira (Quinta Agrícola com Solar e Capela do séc. XVIII) em Vila Nova da Barquinha. A sede de concelho constitui um local de excelentes ligações com o rio, outrora, porto fluvial importante de cuja memória restam belos edifícios do século XIX e a toponímia das suas ruas, que evocam os tempos da navegabilidade do Tejo.
Em Vila Nova da Barquinha merecem destaque o Parque de Escultura Contemporânea, um verdadeiro museu ao ar livre, onde estão juntos os nomes mais representativos da escultura contemporânea portuguesa, o novo Centro de Interpretação Templário de Almourol, equipamento complementar ao Castelo de Almourol, um dos ícones da região, bem como as recentes obras de arte pública com a chancela da Fundação EDP.
A poucos metros do Caminho, junto ao Campus Escolar, pode ser visitado um dos mais recentes centros de divulgação da ciência em Portugal, organizado em cinco áreas temáticas com módulos interativos, o Centro Integrado de Educação em Ciências (CIEC).
A passagem da linha de caminho de ferro marca a entrada na localidade de Moita Norte, localidade com vasta tradição na indústria da pirotecnia e palco de trágicos acontecimentos das invasões francesas.
Já na Atalaia, quem passa pelo posto de transformação da EDP depara-se com a figura imponente de um homem, curvado, a moldar um vaso de barro, apoiado numa roda de olaria. Trata-se da intervenção de Vhils, uma obra de arte pública executada com a técnica de picar parede, em homenagem aos oleiros, uma atividade com grande tradição na vila.
Pouco depois surge a Igreja Matriz da Atalaia, um dos mais belos exemplares da arquitetura renascentista em Portugal, classificada Monumento Nacional desde 1926. Possui no seu interior azulejos policromados amarelos e azuis, de grande efeito artístico do século XVII.
Segue-se um pequeno troço na N110 e, sai-se para a direita entrando numa extensa e contínua área florestal, até à Ribeira de Tancos, no limite do norte do concelho.